Este editorial foi realizado uma semana antes de a Pandemia ter “estalado” no nosso País. A seguir a isso todos nós sabemos o que aconteceu: ficamos em casa, isolados, as crianças não foram mais à escola (nem a lado nenhum, na verdade!), não nos vimos mais sem ser através de um ecrã.
Estar ao ar livre, sem máscara, a dar abraços e sem nos questionarmos a toda a hora sobre distâncias de segurança passou, de uma semana para a outra, a ser um verdadeiro privilégio! E gosto de pensar neste dia, em que pela primeira vez fotografamos com crianças, e em que o moodboard foi totalmente construído numa idealização de liberdade e afeto familiar em comunhão com a natureza. Não deixa de ser irónico agora, olhando para trás.
Mas que bom foi, apanhar flores no campo e respirar ar puro e sentir tantas emoções boas num só dia. À Mafalda, um agradecimento especial, pela partilha e registo destes momentos familiares e por ser uma verdadeira inspiração para todas as mães e mulheres.
Quando e como começou a tua paixão pelo exercício físico?
Começou desde miúda: pratiquei ténis de competição, ginástica e natação. O movimento sempre fez parte da minha vida e é como me sinto feliz.
As mulheres são as estrategas da família. Se eu conseguir melhorar o estilo de vida de uma mulher, o impacto na sua família é gigante.
O que te levou a fazer treinos personalizados e direcionados a mulheres? Porque não ser PT num ginásio ou ter outro emprego nessa área?
Porque a mulher é diferente do homem, porque a motivação de um treino pensado na mulher é muito mais desafiante. Porque as mulheres são as estrategas da família. Se eu conseguir melhorar o estilo de vida de uma mulher, o impacto na sua família é gigante.
Muitas mulheres vêm em ti uma inspiração. Isso exerce pressão e responsabilidade? Como lidas com essas expectativas?
Eu sou uma pessoa como todas as outras, tenho os meus dias bons e os maus. Sou muito verdadeira e genuína na minha partilha e a resiliência inspira-me a mim e a quem está comigo. Não me sinto pressionada com as expectativas de ninguém. Sinto-me muito acarinhada pela comunidade que construí e que cuido diariamente.
A recuperação pós-parto da mulher é um direito e um dever que devem ser assegurados.
Os teus cursos são quase sempre para mulheres que foram mães recentemente. Da tua experiência, o que ainda é preciso mudar ou desmistificar sobre a maternidade no nosso país?
Sim, sem dúvida que ainda há muito a fazer nessa área. É muito importante lembrar-nos do espaço que existe na organização da família para a recuperação física da mãe após o parto. Quando a mãe está bem, o bebé está bem. Por esta razão tão boa, a recuperação pós-parto da mulher é um direito e um dever que devem ser assegurados.
Motiva-me muito o resultado do meu trabalho e o impacto positivo que tem na vida das pessoas com quem trabalho.
Sou apaixonada pela minha missão.
Sinto-a com todo o meu corpo.
Ser mãe, mulher, estar bonita, fazer exercício, dinamizar as redes sociais! Isso todos os dias pode ser muito exigente. Como consegues?
Porque gosto. Sou apaixonada pela minha missão. Sinto-a com todo o meu corpo. Motiva-me muito o resultado do meu trabalho e o impacto positivo que tem na vida das pessoas com quem trabalho. Motiva-me o exemplo que isso representa para as minhas filhas sobre amor próprio. Porque gosto de mim.
És dona de uma energia incrível e isso nota-se logo. Também tens dias menos enérgicos? Como lidas com isso?
Claro que tenho dias menos bons. O meu braço direito e esquerdo na vida e também no trabalho é o meu marido. É ele o meu pilar em todos os momentos menos bons.
Sinto do fundo do coração que (eu e o meu marido) somos uma boa equipa.
Qual é a importância do Pai e Marido nesta gestão familiar?
Gigante! A nossa dinâmica familiar depende única e exclusivamente de 2 pessoas: eu e o meu marido. Sinto do fundo do coração que somos uma boa equipa. Nos bons e nos maus momentos.
É maravilhosa a dinâmica e a vivência de 4 irmãs e de uma família de 6.
Tens uma família linda e… numerosa! Sempre pensaste que ia ser assim ou acabou por acontecer?
Nunca perspetivei ter 4 filhas, aconteceu com o nascimento das gémeas. Eu pensava apenas que ia ter o 3º filho. Não tive o ónus dessa decisão. Tive muito medo quando descobri que eram gémeos. Hoje penso que foi a maior sorte da minha vida. É maravilhosa a dinâmica e a vivência de 4 irmãs e de uma família de 6.
E como lidas com as birras, as doenças, a atenção que é exigida, isso vezes quatro!
Lido como consigo. Temos dias “punk”… mas quem não os tem?!
O exemplo e a consistência são as mais poderosas ferramentas de aprendizagem para mim.
És fã de um estilo de vida saudável e de uma alimentação a condizer. É fácil implementar essa rotina alimentar em casa e torná-la agradável para as tuas filhas?
O exemplo e a consistência são as mais poderosas ferramentas de aprendizagem para mim. As minhas filhas são muito orgulhosas da alimentação que fazem.
A tua profissão acaba por te dar maior flexibilidade, dando-te tempo para estares com as tuas filhas, podendo até levá-las contigo para os treinos, como vemos às vezes. Na tua opinião, isso faz falta na sociedade em que vivemos? O tempo flexível e partilhado com a nossa família?
Sem dúvida que sim. Esta flexibilidade permite-me não só trabalhar mais, como trabalhar melhor.
As minhas filhas não têm roupa nova! Toda a roupa delas é herdada de alguém e passa para alguém. Sempre!
És fã da reutilização. Do voltar a vestir e a usar as coisas dos amigos, dos irmãos, etc. como implementas isso no teu dia-a-dia?
Implemento com muito orgulho. As minhas filhas não têm roupa nova! Toda a roupa delas é herdada de alguém e passa para alguém. Sempre! Acho uma delícia enviar para amigos fotos delas com roupa que era dos filhos e receber também. É uma partilha que é tão fluída e boa que elas quando têm algo “novo” perguntam de quem era.
E é fácil explicar isso às crianças? Principalmente no mundo de consumismo em que vivemos e em que ter a Roupa X e os Ténis Y é muitas vezes sinónimo de inclusão/exclusão?
Honestamente não me deparo com essas questões delas. Talvez por serem ainda pequeninas e não terem chegado a essa idade onde se vêem mais confrontadas com esses estímulos, ou porque são felizes nesta forma de estar na vida.
Que conselhos darias a uma mãe que gostasse de ser mais ativa, mas que se deita todos os dias cansada e com sensação de pouco tempo para ela e para os filhos?
Diria que é urgente tratar dela em 1.º lugar. Dessa forma vai ser melhor mãe, melhor mulher, melhor amante, melhor profissional e acima de tudo vai ter mais amor próprio.
STYLING | SOFIA DEZOITO FONSECA (HEALTHY PROJECT) MAQUILHAGEM | SARAH NEVES RIBEIRO
FOTOGRAFIA | VANESSA SALVADO
MODELOS | MAFALDA ANTUNES (PRETTY FIT), FRANCISCA, MARIA INÊS, BEATRIZ E CAROLINA
AGRADECIMENTOS QUINTA MICOLANDIA CASCAIS| LANIDOR | MOLEKE
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Sou a Luana Carvalho, achei seu artigo excelente! Ele
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pelo trabalho incrível! Nota 10.